quinta-feira, 8 de agosto de 2013

É agosto. Respiro e minha garganta está seca. Inspiro e coloco para dentro de mim fumaça de cigarro, fumaça de carros, fumaça de queimadas, amores mal resolvidos, brigas de família... Expiro forte, nada disso sai. Inspiro mais uma vez e coloco para dentro de mim um fato feliz do mês de agosto: o nascimento do meu filho. Esse ar, ao chegar em meus pulmões, segue pelas minhas veias e vai até meu coração, deixando sentimentos agradáveis, amor ágape... Inspiro e expiro forte, na tentativa de botar pra fora alguns sentimentos ruins... nada... Inspiro e expiro mais forte ainda e consigo: botei pra fora amores mal resolvidos e brigas de família. Ufa! dentro de mim restam apenas fumaças e o nascimento do meu filho. Estou feeliz!

terça-feira, 2 de abril de 2013

SOBREviver

Há muito tempo tenho vivido e SOBREvivido a muitas intempéries da vida. Tenho conseguido fazer, eu mesma, todos os meus caprichos e vontades, às vezes sei que me estrago... Mas é assim... A aparência de uma pessoa diz tudo? Às vezes sim, ás vezes não... Quem me vê acha que sou uma pessoa totalmente descolada, que acha tudo muito normal, que vive uma vida sem neuras... Puro engano... Mas nem tanto. Tenho tentado me superar, contrapondo meus conceitos do que é certo e errado, do que gosto ou não, do que acho bom ou ruim. Sei que tô evoluindo nisso tudo, mas algumas barreiras me impedem de ir além. Uns dizem que sou uma boa pessoa, mas lá no fundo, acho que sou má, maquiavélica até. Qual será a evoluçaõ de um ser humano, no quesito preconceito? Não sei, tô tentando descobrir... Nem sei se vale a pena, pois me relaciono com muito poucas pessoas, não sou de cultivar amizades, ou, sei lá, elas não me cultivam... Mas a vida segue o seu rumo... Rumo que não sei onde vai dar... Até quando viver? Vale a pena? Sim, isso sei que vale. Apesar de muitas pauladas e pedradas que me doem na carne mesmo, tenho conseguido ir em frente... ou apenar ir... ir... ir...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Está quase tudo arrumado. Mala quase pronta. Sapatos limpos. E, apesar de já ter acostumado com isso, meu peito ainda dói. Fico pensando nos dias que seguirão após a sua partida. Eu chorando uma semana com uma camiseta sua no nariz pra sentir o cheirinho bom de amor... Depois o peito vai aliviando e a vida segue seu curso normal...Até que ele chegue outra vez... Às vezes tenho um sentimento de culpa por não ter conseguido demonstrar a ele tudo o que sinto... Parece namorado, não? Mas é filho! Quero que ele seja muito feliz, conquiste tudo o que quiser, seja o que quiser. O sentimento que daqui pra frente será assim: idas e voltas, depois apenas ida, sem mais voltas, me faz impotente. Mas é a vida! Que a vida siga! E que seja doce...