terça-feira, 17 de junho de 2014

PEQUENOS GESTOS

Hoje andei conversando cá com meus botões e percebi que as pessoas valorizam muito os pequenos gestos. Um afago, um abraço apertado, um elogio, enfim... Aniversariei há uns dias e essa data não tem muita importância pra mim, não mais. Quando a gente é criança, um aniversário é sinônimo de felicidade: bolo, amigos, presentes! Hoje em dia até esqueço que é meu aniversário. Mas nesse ano, em especial, um pequeno gesto me fez entender muita coisa do meu passado. É bem verdade que esse pequeno gesto veio acompanhado com uma quantia boa em dinheiro. Recebi da minha mãe uma caixinha com uma carta e a "quantia". Assim que passei os olhos na carta me deparei com o nome do meu avô e meus olhos já teimaram em derramar lágrimas. Não sei porque, mas o nome do meu avô me emociona. Mas vamos lá. Lendo a carta, minha mãe me explicava numa linguagem simples e sentimental, coisa que quase nunca ela faz, pelo menos comigo, um pouco da minha infância, sua gestação difícil, o fato de eu ter sido um bebê que falou muito cedo e as lágrimas então se tornaram um rio. Lendo, fui entendendo e me colocando no lugar dela. Não tenho  um relacionamento muito bom com minha mãe, mas me colocando em seu lugar, consegui esclarecer algumas dúvidas, que nem psicólogos e psiquiatras e caixas de Rivotril não conseguiram. Esse pequeno gesto me curou. Estou curada de uma mágoa longa demais, por causa de um pequeno gesto. A lição é: Vou praticar muito mais pequenos gestos, quem sabe as pessoas possam me entender melhor através deles.

Ouço como nenhuma outra voz, os grandes dizeres, em pequenos gestos.
Kléber Novartes

terça-feira, 27 de maio de 2014

Dispensável

Há quase um ano não tenho aparecido por aqui. Não escrevo muito bem, mas resolvi retomar meu blog. Hoje acordei cedo, agradeci a Deus por tudo o que ele tem feito em minha vida e pedi forças para suportar o que mais vier. Tenho aprendido a calar mais, ouvir mais e falar menos... E, ah! Como é difícil! Mas a vida é um eterno aprendizado... Tenho pensado muito na vida, mas muito mais na morte. Imagino essa vida aqui sem mim e noto, que sou grandemente dispensável. Não tenho feito história... Sou apenas mais uma mortal... Louca, extremamente ansiosa, às vezes querendo viver (apesar de pensar muito na morte) esse dia e amanhã e depois, tudo de uma vez. Vã ilusão... Estou aprendendo também a viver um dia após o outro. Mesmo que, quase sempre, estou lavando as mãos e já pensando naquilo que irá sujá-las e que terei que lavá-las novamente, num ciclo infinito. Isso nos leva a desistir de algumas coisas, pelo simples fato de achar que daqui a pouco estarão desfeitas e teremos que fazer novamente.. Então deixa pra lá! Um grande sentimento de vazio me enche o peito, estranho, né? O vazio enche! Então me lembro de uma música que um querido tio, que já se foi, e que fez história gostava muito: " Acorda, Maria Bonita. levanta, vai fazer o café. Que o dia já vem raiando e a polícia já tá de pé." E então, com a minha coluna já torta, ergo a cabeça, tento recobrar a postura e...ESTOU DE PÉ!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

É agosto. Respiro e minha garganta está seca. Inspiro e coloco para dentro de mim fumaça de cigarro, fumaça de carros, fumaça de queimadas, amores mal resolvidos, brigas de família... Expiro forte, nada disso sai. Inspiro mais uma vez e coloco para dentro de mim um fato feliz do mês de agosto: o nascimento do meu filho. Esse ar, ao chegar em meus pulmões, segue pelas minhas veias e vai até meu coração, deixando sentimentos agradáveis, amor ágape... Inspiro e expiro forte, na tentativa de botar pra fora alguns sentimentos ruins... nada... Inspiro e expiro mais forte ainda e consigo: botei pra fora amores mal resolvidos e brigas de família. Ufa! dentro de mim restam apenas fumaças e o nascimento do meu filho. Estou feeliz!

terça-feira, 2 de abril de 2013

SOBREviver

Há muito tempo tenho vivido e SOBREvivido a muitas intempéries da vida. Tenho conseguido fazer, eu mesma, todos os meus caprichos e vontades, às vezes sei que me estrago... Mas é assim... A aparência de uma pessoa diz tudo? Às vezes sim, ás vezes não... Quem me vê acha que sou uma pessoa totalmente descolada, que acha tudo muito normal, que vive uma vida sem neuras... Puro engano... Mas nem tanto. Tenho tentado me superar, contrapondo meus conceitos do que é certo e errado, do que gosto ou não, do que acho bom ou ruim. Sei que tô evoluindo nisso tudo, mas algumas barreiras me impedem de ir além. Uns dizem que sou uma boa pessoa, mas lá no fundo, acho que sou má, maquiavélica até. Qual será a evoluçaõ de um ser humano, no quesito preconceito? Não sei, tô tentando descobrir... Nem sei se vale a pena, pois me relaciono com muito poucas pessoas, não sou de cultivar amizades, ou, sei lá, elas não me cultivam... Mas a vida segue o seu rumo... Rumo que não sei onde vai dar... Até quando viver? Vale a pena? Sim, isso sei que vale. Apesar de muitas pauladas e pedradas que me doem na carne mesmo, tenho conseguido ir em frente... ou apenar ir... ir... ir...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Está quase tudo arrumado. Mala quase pronta. Sapatos limpos. E, apesar de já ter acostumado com isso, meu peito ainda dói. Fico pensando nos dias que seguirão após a sua partida. Eu chorando uma semana com uma camiseta sua no nariz pra sentir o cheirinho bom de amor... Depois o peito vai aliviando e a vida segue seu curso normal...Até que ele chegue outra vez... Às vezes tenho um sentimento de culpa por não ter conseguido demonstrar a ele tudo o que sinto... Parece namorado, não? Mas é filho! Quero que ele seja muito feliz, conquiste tudo o que quiser, seja o que quiser. O sentimento que daqui pra frente será assim: idas e voltas, depois apenas ida, sem mais voltas, me faz impotente. Mas é a vida! Que a vida siga! E que seja doce...

domingo, 30 de dezembro de 2012

Carregando




O ano 2013 prestes a chegar. Carregando mesmo, como um download. Fico a pensar tantas coisas que fiz neste ano que se finda e ainda nas coisas que deixei de fazer. Aliás, principalmente nas coisas que deixei de fazer não só neste ano, mas em todo o tempo que já se foi. Ter mais um filho, fazer mais uma tattoo, ser mais gentil, ter mais tolerância, não ser o "pomo da discórdia". Na verdade, pensando em tuso isso, acho que fui jogada de pára- quedas na família que me pertence. Não me dou bem com ninguém dela. Fui a mais estrepada de todos os membros dela. Hoje tenho consciência que tenho outra família que se resume a mim, meu filho e meu marido. E pensando assim, daqui pra frente, darei mais valor a família que eu cosntituí. Penso muito num versículo da Bíblia quando Deus disse a Abraão:" Aparta-te da tua parentela..." Acho que irei fazer o mesmo. Aliás há tempos Deus vem me dando sinais que é isso mesmo que devo fazer. Por causa da minha parentela perdi amigos, me isolei, transformei-me numa pessoa totalmente anti-social. Apartar-me-ei. Que 2013 traga muitos dias de paz, de conforto, de alegrias, de amizades!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011



Odeio ficar doente. Me sinto e fico totalmente à mercê da doença e aí me entrego, me entrego mesmo... Durmo muito, me sinto mal e quanto mais durmo e me sinto mal, mais quero dormir e mais me sinto mal. A doença me adoece até a alma. Lembro de todos os meus medos, meus traumas, meus anseios... Me lembro de quando era criança e de quando adoecia e sempre tinha alguém rondando a minha cama, me beijando a testa pra ver se a febre cedeu... Hoje tudo é diferente, me viro, sozinha... Acho que por isso adoeço até a alma. Hoje dormi muito, pois estou muito gripada, com febre e dores no corpo e sonhei com coisas incríveis do meu passado. Sonhei com meu avô, com meu primo, com um antigo namorado... Será que vou morrer? Que besteira! Morrer de gripe... Mas cá estou eu, contando meus trancos e barrancos em meio a uma dor de cabeça terrível. Vamos lá, menina! A vida continuará! Com ou sem você!

sábado, 12 de novembro de 2011



Não chores, meu filho;

Não chores que a vida

É luta renhida:

Viver é lutar.

A vida é combate

Que os fracos abate,

Que os fortes, os bravos

Só pode exaltar!

Gonçalves Dias



Já era!
Quando nossa família tomou a decisão de "pegá-la" pra gente, quem foi buscá-la fui eu. Encontrei-a com os olhinhos redondos meio sonolentos, quando peguei-a no colo , estava com muita febre. Lembro que levei-a pra casa da minha mãe, que não era mais minha casa e minha mãe cuidou dela. Logo ficou boa e rastejava pela casa e, ainda, tudo que achava colocava na boca. Eu, diferente dos outros, não achei que ela me "tomou" nada: nem mãe, nem pai, nem irmão, nem irmã, pelo contrário, achava que deveria ajudar na educação, nos "modos"... Queria que ela confiasse em mim, gostasse de mim. O tempo passou e ela, bem na verdade, foi se afastando de mim. Hoje está linda! Cabelos de Pocahontas. Muito linda! E agora parece que a gente tem muito mais afinidades do que eu imaginava. Mas tenho uma dúvida cruel do seu futuro. Gostaria que fosse um futuro brilhante, como se minha filha fosse. Desejo tudo de muito, muito melhor a ela. Te amo Bibica!

domingo, 6 de novembro de 2011

Estou eu aqui novamente. Agora mais calma e com o coração mais tranquilo. Descobri um monte de coisas nestes últimos dias. Mas sofri um bocado. Precisei levar uma enforcada fictícia pra perceber o que vale a pena. Me coloquei no lugar de certas pessoas pra sentir os mesmos sentimentos que eu sinto às vezes. Isso foi primordial pra minha decisão de viver uma vida tranquila e sossegada. Andava muito descontente, querendo outros ares pra respirar... E acabei descobrindo que quando você mais precisa de alguém e esse alguém literalmente viras as costas pra você é porque esse alguém não é ninguém. Sei que é muito difícil tomar certas responsabilidades para si quando se tem tudo encaixado e perfeito na sua vida e essas responsabilidades podem ser um peso pra carregar. Nossa, mas vou dizer uma coisinha que é primordial para se viver bem: nunca crie expectativas! Ela só te fodem mesmo! Aprendi isso. Que bom que agora tô assim, meio lá, meio cá, um pouco cambaleando, mas tenho certeza do que quero. Talvez ninguém entenda nada do que eu digo, mas também muito pouca gente lê essa merda de blog mesmo. Eu é que insisto em escrever aqui. Me faz bem. Coloco pra fora tudo que desejaria falar com as pessoas do mundo normal e não do mundo virtual, mas termino aqui. No meu cantinho virtual. Espero que nos próximos vinte anos que vêm por aí ( se vierem) eu não reencontre mais nada no meio desse caminho que é chamado de vida. E como diz Renato Russo : " Sempre em frente, não temos tempo a perder..."

domingo, 23 de outubro de 2011

Guardei sua imagem
Guardei seu cheiro
Guardei seu toque
Guardei seus palavrões
Guardei seus insultos
Guardei sua textura
Guardei suas histórias
Guardei tudo com ternura no meu coração.
Arranquei-o do peito. Fiz em pedaços bem pequenos. E joguei-os pelo chão.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SABE O QUE É TER MEDO DE SENTIR MEDO?


Alerta Vermelho!


Meus castelos sempre foram de areia. É incrível uma pessoa dizer isso, mas é a pura verdade. Todos os meus sonhos se desfazem muito rápido. Lembro quando era pequena, uma pindura lascada na minha família e eu sempre sonhando com o impossível (financeiramente falando). Mais tarde, na minha adolescência, a dureza continuou. Queria estudar, ter vida melhor. Mas não tinha jeito. Até estudei, por conta da minha avó, em escolas muito boas. Mais tarde, saindo da adolescência, dei um duro danado pra morar em uma cidade um pouco melhor. Trabalhava e estudava. No começo queria fazer odontologia, passei numa faculdade particular... A dureza não me deixou cursar. Não consegui passar na federal e me contentei com Biologia mesmo. Não terminei. Fui telefonista de uma escola de computação, por conta da minha voz me contrataram para telemarketing. Depois trabalhei 7 anos em um banco, sempre estudando, dando duro, tomando minhas cachaças e tentando ser feliz. Tudo desmoronado... Hoje tenho orgulho de minha mãe poder dar aos meus irmãos o que não pôde me dar. Um peito de silicone, que ela já prometeu, uma moto, que já deu, e aí vai... É estranho quando algo de novo e meio surreal acontece na nossa vida e nos deixa meio anestesiados, sem rumo. Tô meio assim. Mas sei que vou conseguir sair dessa. Sempre consegui, entre um castelo e outro desmoronando. Vou levar muita bofetada ainda na cara? Acho que vou, por conta do meu jeito inconsequente, insistente, irritante e sei lá mais o quê. Quantos castelos mais irão desmoronar na minha vida diante dos meus olhos? Tenho que tomar uma atitude. Acho que minha vida virou um marasmo de costumes, cotidiano, condescendência. " Acorda pra vida, menina!"

domingo, 16 de outubro de 2011



Os meus sonhos estão assim, todos guardados num pote...

De tanto guardá-los, não consigo transformá-los em realidade.

Vou começar a deixá-los espalhados, cada um num canto, num lugar...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Plataforma da Estação

A vida é assim mesmo. Hoje descobri que a vida da gente é um enorme vai e vem. Gente indo, gente chegando e chegando novamente e indo de novo. Tô muito feliz! Acho que logo, logo, estarei triste, mergulhada no meu mundinho medíocre...Mas agora estou feliz, se bem que com um buraco enorme aqui no peito. Se bem que com a sensação de vazio, aquela sensação estranha de vazio, de coisa feita mas mal acabada. Tenho planos enormes pra minha vida, quero realmente realizá-los ainda este ano, já estamos em outubro, mas quero sim, realizar esses planos.Tenho muita coisa em mente. Descobri que a música não é sentimento, é apenas um som, mas que ela pode causar sentimento na pessoa que ouve. Enfim, nestes últimos dias aprendi uma porção de coisas. Talvez elas entrem e saem de mim rapidão, mas talvez essas coisas fiquem pro resto da minha vida marcadas e guardadas aqui dento.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Marrento




Dizem que dor de parto a gente esquece. Mentira! A gente não esquece. Há exatamente 14 anos atrás eu senti aquela dor insuportável que não esquecerei jamais! Na verdade a gente substitui a dor por tantas alegrias que subsequentemente aparecem com o aparecimento do filho. A gente não esque do primeiro passinho, da primeira palavra, do primeiro choro forte! Ah, esse é tão forte, que a gente fica sem saber o que fazer! Mas então, há 14 anos nascia meu único filho. Não me esqueço os olhinhos dele. Eram tão puxados, que parecia que tinham sido abertos (cortados mesmo) com uma gilete. Não esqueço a mãozinha gorda, o pé tão perfeito, o cabelo preto e arrepiado. Tudo isso substituído por uma mãozona, um pezão com calos de jogar bola e a cara cheia de espinhas... Como o tempo passa. Meu bebê, como o chamo, é muito pirracento, marrento e sabe muito bem o quer e o que não quer. Mas ao mesmo tempo é muito carinhoso, do seu jeito, até hoje me beija antes de dormir, me chama de velha, de nega e quando a coisa aperta grita: " Mamãe!" Gostaria de falar do amor de mãe. Querendo ou não é um amor diferente, a gente sente que daria tudo pra ver o filho bem, até a própria vida. Quantas vezes desejei estar no lugar do meu filho pra não vê-lo sofrer... O tempo passa, sei daqui mais algum tempo talvez não esteja mais com ele, porque vai estudar, casar, ter filhos, mas nunca vai deixar de ser o meu bebê. Sócrates, felicidade sempre! E muito juízo!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pai

Lembro bem da minha figurinha pequena, com uma chupeta na boca e uma fralda na mão pedindo pra minha mãe o travesseiro dele. Nessa época morávamos em uma dessas cidadezinhas do interior de Mato Grosso do Sul (Glória, Fátima) isso não me lembro. Mas lembro muito bem que o travesseiro do meu pai tinha uma textura e é claro um cheiro incomparável. E como nesse tempo ele (meu pai) viajava muito, pois era subgerente do extinto Banco Bamerindus, eu queria dormir sentindo seu cheiro. Digo lembro, não apenas por dizer, mas porque lembro mesmo, tudo é muito nítido em minha memória. Assim como a primeira vez que ele me chamou de Nina. Lembro que disse : "Pai eu não chamo Nina" E ele: Agora você é a Nina. E toda a minha família e os amigos mais íntimos até hoje me chamam assim. Aliás ele sempre teve mania de colocar apelido nos filhos: todos nós chamávamos Isabela de Bela ou Belinha. Ele não, pra ele era Bebel. O Eros era Eros gônio(rs). A Gabriela era Bibi, depois ficou Bibica. Meu pai, quando pequena era meu herói mesmo. A gente saía junto pra eu cortar o cabelo. Ficava sempre ao lado dele enquanto ele lavava seu carro. Nos ensinou a ler, é claro que minha mãe contribuiu para isso. Mas ele era sócio do Clube do livro, então sempre esbarrávamos pela casa com um livro e isso nos despertou o interesse pela leitura. Ele conta que na época em que estudava no Seminário lia dicionários, então imagina como seu vocabulátio é rico. Mais tarde , confesso perdi um pouco o interesse por ele. Mas hoje consigo admirá-lo com todos os seus defeitos ou qualidades. Sei que é muito adultescente, acho que o puxei nisso. Chora fácil, principalmente quando estamos reunidos eu, ele e os outros filhos. Qualquer palhaçadinha é motivo pra ele chorar. Tenta disfarçar, mas não consegue. O Arizinho, como muitos o conhecem tem sim, muitos defeitos, mas é duro no trabalho e competente em tudo aquilo que faz. Tanta gente fala isso ou aquilo dele, mas se ele não fosse competente, não era a sua companhia que o prefeito escolheria para ir para todos os cantos. Quietinho no seu canto faz articulações de gigante e tem uma mentalidade dez, vinte anos à sua frente. Meu pai agora voltou a ser meu herói. Tudo bem que seja um herói com a asa quebrada ou com a capa meio surrada, mas é meu herói. Aprendi que quando entendemos todas as aflições, medos, encantos, defeitos, atitudes, qualidades, a gente acaba aprendendo que nosso pai é o nosso herói, independente de qualquer coisa.

sábado, 4 de junho de 2011

Amor de Deus




Bem, como todo mundo esssa semana resolveu falar mal de homossexuais e, inclusive houve um protesto em Brasília de evangélicos, para que a união estável entre os homossexuais acabe e também protestando que o crime de homofobia é inconstitucional, vou dar minha opinião particular aqui. Primeiro: eu sou cristã, não sou lésbica e não tenho nada contra lésbicas e gays. Segundo: geralmente os evangélicos usam levítico 18:22 que diz: "o homem que deita com homem, como se mulher fosse, comete abominação aos olhos de Deus. Terceiro: O livro de Levítico diz também que não se deve tocar em uma mulher que esteja menstruada, não se deve comer carne de porco e não trabalhar aos sábados. Já pensou se ninguém pudesse trabalhar aos sábados? Partindo dessas premissas venho informar que esse livro específico da Bíblia que fica no Antigo testamento, foi revelado a Moisés pelo próprio Deus para que o povo daquela época pudessem receber o Messias. Ora, depois da vinda de Jesus Cristo, a palavra de Deus diz que todos nós somos justificados pela Sua graça. Quanto a homofobia, a Constituição diz: "promover o bem de todos , sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." Ora a lei do crime de homofobia é inconstitucional? Acho que neste assunto devemos pensar e repensar , pois qualquer opinião, pode ser perigosa. E afinal, estamos em pleno sexo 21 e vamos ser hipócritas quanto à existência de homossexuais e seus direitos? Me poupem! Tanta coisa pra se debater, muito mais relevantes que isso! Em todo o caso, quem sou eu pra dizer que um homossexual é condenado por Deus? É legal ver e ouvir falar que um carinha teve a cara quebrada por ser homossexual? É legal a violência que anda solta nesse país? É legal ouvir que fulano enriqueceu e triplicou seu patrimônio sem nenhuma explicação? É legal ouvir que padres se deitam com criancinhas? É legal ouvir que pastores exigem dinheiro de seus fiéis e enriquecem tão rápido quanto políticos e sem explicação? Fica aqui a reflexão.

" Consideramos justa toda forma de amor".

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sossego

Há dias ando assim bem sossegada... Não me importo mais de acordar cedo todos os dias, ir trabalhar, nesse, naquele emprego,sim, porque tenho vários! Faço minhas tarefas de maneira normal , quase mecanicamente. Às vezes até esqueço que já fiz uma coisa. Tô muito bem mental, física e sexualmente falando. Andava muito inquieta, tentando obter emoções que nunca obtive, mas cheguei a triste (ou quem sabe feliz) conclusão de que tudo que quero tenho. Tirando, é claro, um carro zero, de preferência uma BMW. rs. Não... Tô muito feliz! Outro dia fui numa festa de família na escola do meu filho e lá notei como ele cresceu. Fez uma apresentação, tocou violão e cantou tão lindamente! Me emocionei, chorei, meu coração se aquietou. Sou o que sou, tenho o que tenho e pronto. Lembrei então de uma frase que li em algum lugar: "Não é fácil encontrar a feliciade dentro da gente, mas é impossível encontrá-la em outro lugar".

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Adultescente



Sei que meu corpo já não é um corpo de menina, nem meu rosto, uma imagem boa de apreciar. Sinto que o tempo vem me mudando, naturalmente e como deve ser. Mas só por fora. Ainda sinto vontade de rir muito, falar sobre banalidades, ter muitos amigos, sinto ainda a TPM, tenho meus anseios por besteiras... besteiras tão grandes que quando analiso bem, vejo que são BESTEIRAS mesmo. Tenho vontade de sair e dançar até amanhecer ... Ver o sol nascer... Dizem que a cada nascer do sol as cores são diferentes... Tenho muito de adolescente ainda em mim e quando vejo que minha dolescência acabou, quando ouço um amiguinho do meu filho me chamar de tia... vixe! Mas a vida é assim... Ainda bem que se envelhece mais por fora do que por dentro... Porque a cabeça é o que comanda tudo. Devo ser mesmo uma adultescente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011


"Quem ri por último Rivotril"

quinta-feira, 31 de março de 2011


Cheguei num ponto crítico. Não quero mais nada. Estou sem destino, sem vontades. Ando meio sem amor, sem querer, sem precisar. Ando de um jeito que estou afastando as pessoas de mim. E vejo que não é por querer, não faço por mal. Realmente cheguei num ponto que tenho que cuidar mais de mim. Tenho que me entender. Tenho que ficar só.

sábado, 26 de março de 2011

A sensação estranha que eu estava de perder aquela felicidade que vinha sentindo há uns dias, enfim aconteceu. Meu coração foi arrancado. Aquilo que era chamado de aventura, não era aventura. Foi levado a sério por mim e pelo meu coração vagabundo.... Agora a vida segue seu curso natural, lentamente, os dias se arrastando e eu aqui inerte, com medo. Até o medo voltou a fazer parte da minha "vidinha medíocre". Que culpa tenho eu de ser uma sonhadora incontrolável? Nenhuma... Mas quase todos os sonhos que sonhei se tornaram realidade. Mas o que não se entende, não tem como se explicar. A guinada virá certamente. Sempre fui uma pessoa que superei meus traumas, problemas e paixões... Mas vou lutar pelo meu sonho...

domingo, 20 de março de 2011

O que te faz feliz?

Acordar bem cedo, colocar leite no copo e encontrar a lata de nescau quase vazia, mas perceber que aquela quantidade dá pra tomar com o leite. Abrir o pote de sorvete e encontrar sorvete e não feijão congelado.Encontrar dinheiro no bolso de uma calça que já foi lavada e perceber que o dinheiro está intacto e vc pode gastar.Estar vestida de qualquer jeito e com o pior humor do mundo e alguém na rua te chamar de gata. Ir a padaria e descobrir que o pão acabou de sair do forno. Receber créditos no seu celular, sem saber de onde vieram, ou receber uma mensagem de alguém que vc desconhecia saber seu número. Ligar o rádio e começar a tocar uma canção que vc adora. Contar uma piada idiota e todos rirem à sua volta. Saber que pessoas com quem vc tem pouco contato nunca esquecem de você. Ganhar um sorriso de uma criança desconhecida na rua. Chegar em casa muuito cansada e de mal humor e ter aquele pedacinho de gente pra te receber com um abraço e um sorriso. Ficar em casa sozinha, ligar o som bem alto, dançar na frente do espelho. Sonhar com coisas que você queria que realmente acontecessem. Trabalhar muito e ganhar dinheiro todo mês. Receber um elogio que vc não esperava. tomar coca-cola. Comer muuito doce e não engordar. E uma infinidade de coisas simples. Não corro atrás da felicidade. Não!

sábado, 19 de março de 2011


"Eu que não sei nada do mar
Descobri que não sei nada de mim"
Ana Carolina

Sou chata, animada, nervosinha, dengosa, rio alto, falo alto, falo palavrões, sou alegre, diferente. Uma miscelânea de sentimentos que nem eu mesma entendo.

quarta-feira, 16 de março de 2011


Quero viver tudo o que a vida me der para viver! Quero sentir melhor o gosto das coisas, o cheiro delas, o perfume, ouvir melhor o que me dizem... Quero sentir o vento batendo na minha cara, quero tomar banho de chuva, andar descalça, lavar o cabelo antes de dormir, parar de tomar psicotrópicos... Não quero mais me arrepender daquilo que NÃO fiz... Quero me arrepender daquilo que FIZ.Não vou deixar o medo tomar conta da minha vida, não mais!
"Durma medo meu..."

terça-feira, 15 de março de 2011


Hoje tô com mil sentimentos no peito, na cabeça, sei lá...Talvez seja porque seja meu último dia de férias, talvez seja a dieta... Não paro quieta... Daí escrevo. Tenho vários medos. Medo de ser ridícula, de ser uma idiota, de passar vergonha, de envelhecer... Inevitável. O medo faz parte da minha vida. Tenho medo de tudo. Tenho medo quando entro numa loja e as pessoas ficam olhando pra mim de viés... Devo ser diferente, mas tenho orgulho disso... e medo. As pessoas têm sua diferenças, aquele quê que as deixa diferentes umas das outras e, de tanto querer ser diferente, às vezes penso se sou mesmo. Será? Tenho sofrido dores de amores, de cabeça, de vontades... Tenho ficado na minha, calada e as pessoas me perguntam : o que tá acontecendo? Não sei. Realmente não sei. Acho que é a crise dos "quase 40" chegando. De qualquer forma, tenho alguém que me atura, me aguenta. Porque sou um fardo pesado!

Tô numa dieta ferrenha! É o mal das pessoas que têm pernas gorras e bundão. Podem emagrecer 25 quilos que continuarão com as pernas grossas e bundão. Mas não vim falar disso. Vim aqui dizer que essa dieta é muito legal, pois é com linhaça, frutas e verduras. E a linhaça tem muitos benefícios para a vida humana. Essa semente vem de uma planta chamada linho e é rica em Ômega 3. A ingestão de 10 gramas por dia pode diminuir o colesterol ruim e, por consequência o risco de infarto. Além disso essa semente reduz o risco de câncer, dimunui inflamações e, nas mulheres, dimunui os efeitos da menopausa, além de regularizar o intestino. Pode? LUANA, não me leve a mal, mas venha comigo nessa. Vamos Tomar muito shake de fruta e linhaça e perder um pouco das coxas e bundão. Além, é claro, da barriguinha.
Tenho andado apreensiva nos últimos dias. E tenho o defeito de sofrer por antecipação por tudo que ainda está por vir. A decisão de amar faz uma "cisão" no nosso ego... Pois amar é sim escolher um caminho de doação, de generosidade, onde imperam os desejos e não as necessidades. A alma tem desejos, a carne tem necessidades. E às vezes tomar a decisão de amar também é deixar pra trás velhos caminhos e velhos vícios e "costumes" na nossa vida. Muitos de nós devemos "largar desse cais, ir sem direção" e isso às vezes é difícil. É difícil também " seguir os ventos que clamam por mim". Mas a verdade é que ando muito feliz ultimamente e a apreensão que sinto vem do medo dessa felicidade acabar. Daí escrevo. Pra dizer que a sociedade nada mais é do que o reflexo dos nossos melhores sonhos ou piores pesadelos. Por isso escrevo. Para que minhas palavras possam ajudar as pessoas que me lêem a sonhar mais e fazer um mundo melhor e mais poético.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A vida é tão surpreendente! Em alguns dias a gente se lamenta dela. Em outros quer devorá-la. Hoje, eu cá com meus botões, em meus devaneios loucos, estava pensando como a vida nos prega algumas peças inexplicáveis.


sábado, 12 de março de 2011


Pra que tanto desamor? Tanta falta de afeto? Tanta falta de afago? O cheiro forte da indiferença invade minhas entranhas e o desejo de morte vem, como se fosse um convite... Tudo está contra mim... Ando pela casa, fumo um cigarro, tomo um copo de coca, mas nada, nada apaga essa dor que tá aqui no meu peito... Dor de solidão... Terremoto e tsunami no Japão e no meu peito arde a solidão... Relembro tempos bons do meu passado, quando era totalmente popular, tinha mais de duzentos amigos... Tempo bom... Hoje choro por dentro a falta de um afago...

sábado, 26 de fevereiro de 2011


Senhoras e Senhores,
o desfile vai começar.
Agora na passarela:
O/A gigante.
O/A baixinho/a
A/O gordinha/o
O/A magrinho/a
O/A estranho/a
O/A esquisitão/ona
O/A tímido/a
O/A chato/a
O/A nerd
O/A feio/a
O isso,
O aquilo
A coisa...
Você pode ver o ser humano?
Karla Bardanza

domingo, 20 de fevereiro de 2011


Se vivo só
É marcha-à- ré
Se nego o sol
Só penso em mi
Se sofro lá
Ninguém tem dó
Se você fá
Eu quero si.
( M. Medeiros)
Publicado no blog:mozartiando.blogspot.com