segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011



Odeio ficar doente. Me sinto e fico totalmente à mercê da doença e aí me entrego, me entrego mesmo... Durmo muito, me sinto mal e quanto mais durmo e me sinto mal, mais quero dormir e mais me sinto mal. A doença me adoece até a alma. Lembro de todos os meus medos, meus traumas, meus anseios... Me lembro de quando era criança e de quando adoecia e sempre tinha alguém rondando a minha cama, me beijando a testa pra ver se a febre cedeu... Hoje tudo é diferente, me viro, sozinha... Acho que por isso adoeço até a alma. Hoje dormi muito, pois estou muito gripada, com febre e dores no corpo e sonhei com coisas incríveis do meu passado. Sonhei com meu avô, com meu primo, com um antigo namorado... Será que vou morrer? Que besteira! Morrer de gripe... Mas cá estou eu, contando meus trancos e barrancos em meio a uma dor de cabeça terrível. Vamos lá, menina! A vida continuará! Com ou sem você!

sábado, 12 de novembro de 2011



Não chores, meu filho;

Não chores que a vida

É luta renhida:

Viver é lutar.

A vida é combate

Que os fracos abate,

Que os fortes, os bravos

Só pode exaltar!

Gonçalves Dias



Já era!
Quando nossa família tomou a decisão de "pegá-la" pra gente, quem foi buscá-la fui eu. Encontrei-a com os olhinhos redondos meio sonolentos, quando peguei-a no colo , estava com muita febre. Lembro que levei-a pra casa da minha mãe, que não era mais minha casa e minha mãe cuidou dela. Logo ficou boa e rastejava pela casa e, ainda, tudo que achava colocava na boca. Eu, diferente dos outros, não achei que ela me "tomou" nada: nem mãe, nem pai, nem irmão, nem irmã, pelo contrário, achava que deveria ajudar na educação, nos "modos"... Queria que ela confiasse em mim, gostasse de mim. O tempo passou e ela, bem na verdade, foi se afastando de mim. Hoje está linda! Cabelos de Pocahontas. Muito linda! E agora parece que a gente tem muito mais afinidades do que eu imaginava. Mas tenho uma dúvida cruel do seu futuro. Gostaria que fosse um futuro brilhante, como se minha filha fosse. Desejo tudo de muito, muito melhor a ela. Te amo Bibica!

domingo, 6 de novembro de 2011

Estou eu aqui novamente. Agora mais calma e com o coração mais tranquilo. Descobri um monte de coisas nestes últimos dias. Mas sofri um bocado. Precisei levar uma enforcada fictícia pra perceber o que vale a pena. Me coloquei no lugar de certas pessoas pra sentir os mesmos sentimentos que eu sinto às vezes. Isso foi primordial pra minha decisão de viver uma vida tranquila e sossegada. Andava muito descontente, querendo outros ares pra respirar... E acabei descobrindo que quando você mais precisa de alguém e esse alguém literalmente viras as costas pra você é porque esse alguém não é ninguém. Sei que é muito difícil tomar certas responsabilidades para si quando se tem tudo encaixado e perfeito na sua vida e essas responsabilidades podem ser um peso pra carregar. Nossa, mas vou dizer uma coisinha que é primordial para se viver bem: nunca crie expectativas! Ela só te fodem mesmo! Aprendi isso. Que bom que agora tô assim, meio lá, meio cá, um pouco cambaleando, mas tenho certeza do que quero. Talvez ninguém entenda nada do que eu digo, mas também muito pouca gente lê essa merda de blog mesmo. Eu é que insisto em escrever aqui. Me faz bem. Coloco pra fora tudo que desejaria falar com as pessoas do mundo normal e não do mundo virtual, mas termino aqui. No meu cantinho virtual. Espero que nos próximos vinte anos que vêm por aí ( se vierem) eu não reencontre mais nada no meio desse caminho que é chamado de vida. E como diz Renato Russo : " Sempre em frente, não temos tempo a perder..."