sexta-feira, 21 de outubro de 2011



Meus castelos sempre foram de areia. É incrível uma pessoa dizer isso, mas é a pura verdade. Todos os meus sonhos se desfazem muito rápido. Lembro quando era pequena, uma pindura lascada na minha família e eu sempre sonhando com o impossível (financeiramente falando). Mais tarde, na minha adolescência, a dureza continuou. Queria estudar, ter vida melhor. Mas não tinha jeito. Até estudei, por conta da minha avó, em escolas muito boas. Mais tarde, saindo da adolescência, dei um duro danado pra morar em uma cidade um pouco melhor. Trabalhava e estudava. No começo queria fazer odontologia, passei numa faculdade particular... A dureza não me deixou cursar. Não consegui passar na federal e me contentei com Biologia mesmo. Não terminei. Fui telefonista de uma escola de computação, por conta da minha voz me contrataram para telemarketing. Depois trabalhei 7 anos em um banco, sempre estudando, dando duro, tomando minhas cachaças e tentando ser feliz. Tudo desmoronado... Hoje tenho orgulho de minha mãe poder dar aos meus irmãos o que não pôde me dar. Um peito de silicone, que ela já prometeu, uma moto, que já deu, e aí vai... É estranho quando algo de novo e meio surreal acontece na nossa vida e nos deixa meio anestesiados, sem rumo. Tô meio assim. Mas sei que vou conseguir sair dessa. Sempre consegui, entre um castelo e outro desmoronando. Vou levar muita bofetada ainda na cara? Acho que vou, por conta do meu jeito inconsequente, insistente, irritante e sei lá mais o quê. Quantos castelos mais irão desmoronar na minha vida diante dos meus olhos? Tenho que tomar uma atitude. Acho que minha vida virou um marasmo de costumes, cotidiano, condescendência. " Acorda pra vida, menina!"

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